31.1.06

Pequenos atalhos para o outro lado

"Ser-se um esquecimento e não te olharia mais Um respirar suspenso
Um sono de anestesia para que não sinta, não acordaria para sempre...
O fundamental escapou-se ou nunca lá esteve,
Acho que nunca te ensinaram a olhar para o céu
Ou é possível recitar sem saber o que são estrelas?
Ou ...

À navalhada escrevi raiva no teu peito vezes sem conta
E de todas fico salpicada de sangue na cara e nos braços... até já lhe sei o sabor.
E tu não morres...
...
Se me encontrares na ponte, as palavras que sejam os capítulos do meio,
(atalhos para o fim que o enredo vai longo demais)
Que os nossos olhos nos olhos sejam a última cena... mesmo que um passe para o outro lado ...
e o outro volte para trás. "

30.1.06

A vizinha

"Ela bateu à porta e eu abri e disse-lhe, “desculpa, deixa-me só baixar a música”. Ela com uma cara irada diz “pois, era isso, a música está altíssima”. Depois as feições mudam, desenha contornos de choro, ... começa a chorar e eu faço-a entrar, digo “vai para o meu quarto, é do lado direito”."

28.1.06


Não consigo ser metade de mim
e tu sabes, a pena do nosso olhar
preso nesta corda cheia de nós cai no espaço vazio entre o tudo e o nada. Lembra-me o calor do teu corpo
medido com o meu,
sítios do meu amor que já não existem;
sobrou-nos um caleidoscópio de vidros partidos que rangem com os meus passos.

27.1.06

18.1.06

You are the fountain



You are the fountain of the sun's light.

I am a willow shadow on the ground.

You make my raggedness silky.

- Rumi