Em que parte da espiral de pensamentos que se afunda de mim para mim esta o medo? Ou o presente? Ou o incerto?
Em que parte a insatisfacao?
Em que parte da memoria esta a tarde a morrer e o sol a esvair-se em laranja?
Em que parte eu... as garcas a regressar a casa... insectos de lusco-fusco...
o tempo a correr pastoso em direccao a noite...
Que ecos permanecerao das vozes... Que tracos dos rostos...
Dos seroes em que amo... cada minuto... cada centimetro dos vossos gestos... em que o meu espaco somos nos a rir...
Que faco do mundo que toquei atraves deles?!...
O que faco do que me enche sem haver espaco em mim!
Na espiral de pensamentos que se afunda de mim para mim ha corpos entrelacados em edredons de cetim e almas a vaguear la fora sem nunca se encontrarem.
Ha corpos que nao se tocam e almas que sao a mesma.
Ha corpos que dancam, querem dancar o mundo e morrem de exaustao...
E almas escritas com pontos de interrogacao...
das coisas que se veem
das coisas que se tocam e se sentem
das coisas que se gritam e se esvaem em fumo
E que sao grandes de mais para mim...
Em que parte da memoria o sabor da viagem sem rumo...
em que parte o ser-se do nada...
Nao sei onde perdi as pedrinhas que indicavam o caminho de volta!!!
7.11.04
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6 comentários:
inventar novas pedrinhas... sem garantias, sem caminhos seguros... mas tem que haver algo para além da perda...
But I feel so.... weak!
e como é que se evita a frase feita, a mão no rosto a dizer que vai ficar tudo bem, mesmo nada sabendo... isso é o que ninguém sabe... mas sempre tive comigo a esperança provavelmente ingénua de que enquanto houver sonho e doçura... pode ser que nada exista... não quer dizer que não seja importante acreditar... horrível, não é? quase quase a tal frase feita... mas sincera... bjs
não devia ter escrito tanto... percebe-se demasiado como as palavras nunca chegam...
Palavras nao chegam, nao resolvem ou nao curam, mas as vezes fazem-nos sorrir...
oh, eu sei... :)
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